Acesso ao serviço de saúde ocular contribui para avanço da Agenda 2030 da ONU

Estudo internacional publicado no periódico “The Lancet Planetary Health” faz uma revisão científica e relaciona dados da saúde ocular com saúde e bem-estar, pobreza, educação, desigualdade e desenvolvimento sustentável

  06/05/2022 – Publicado há 3 anos

Por Giovanna Grepi

A deficiência visual pode comprometer a capacidade produtiva de diversas profissões no mercado de trabalho – Foto: Pixabay

Miopia, astigmatismo, presbiopia e catarata são exemplos de condições que podem afetar a visão e prejudicar diversas atividades como estudo, trabalho e lazer. Apesar de já haver tratamentos ou intervenções cirúrgicas disponíveis, muitas pessoas no Brasil e no mundo não possuem acesso ao serviço de saúde ocular e essa realidade pode afetar o desenvolvimento das sociedades.

Afinal, a melhoria e o aumento do acesso aos serviços de saúde ocular podem impactar positivamente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda ONU 2030? Um estudo internacional aponta que sim, já que mais do que uma relação com a saúde e o bem-estar, a boa visão pode ajudar na redução da pobreza e das desigualdades e na melhoria da educação e do desenvolvimento sustentável de cidades e comunidades. Ou seja, contribui para que as nações alcancem os objetivos propostos pela ONU aos chefes de Estado e de governo em 2015 e que devem ser cumpridos até 2030.

“A visão é um sentido que está intrínseco na maioria das atividades que realizamos diariamente e a sua perda pode afetar nosso bem-estar imensamente”, explica o professor da FMRP João Marcello Furtado, que é um dos autores do estudo Advancing the Sustainable Development Goals through improving eye health: a scoping review, publicado no periódico The Lancet Planetary Health.

Os resultados foram obtidos após busca em bancos de dados e avaliação de estudos científicos que estavam relacionados com alguns dos ODS. “Uma limitação encontrada é que a grande maioria dos estudos foram feitos em países de alta renda, como Estados Unidos e Europa Ocidental, e por isso seria muito importante que estudos no tema fossem realizados em países como o Brasil para informações mais individualizadas”, explica o professor.

Mais informações: furtadojm@gmail.com, com o professor João Marcello.

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